CRENÇAS
Por Neuza Santos |
Sempre pensamos em crenças no sentido de credos ou doutrinas; e muitas
crenças o são. Mas, no sentido básico, uma crença é qualquer princípio
orientador, como, máximas, fé ou paixão que podem proporcionar significado e
direção na vida. Estímulos ilimitados estão disponíveis para nós. Crenças são os
filtros pré-arranjados e organizados para nossas percepções do mundo. São como
bases de comandos do cérebro. Quando acreditamos com convicção que alguma coisa
é verdadeira, é como se mandássemos um comando para o cérebro, de como
representar o que está ocorrendo. (Anthony Robbins)
Crenças são as regras pelas quais vivemos. Formam nossos modelos mentais. Nem
sempre são fatos ou verdades. Nós, seres humanos, temos crenças sobre os outros,
sobre nós mesmos, sobre os nossos relacionamentos, sobre o que somos capazes de
fazer, sobre o que é possível, sobre o que achamos que é impossível. O problema
está em que, às vezes, tratamos algumas crenças (sobre relacionamentos,
capacidades e possibilidades) como se fossem leis e verdades absolutas e
imutáveis e não é bem assim.
As crenças formam nosso mundo social e agem como profecias auto-realizáveis.
É claro que algumas coisas não são influenciadas por nossas crenças. Um exemplo
típico disso são as leis da natureza, imutáveis, como a gravidade. Não importa
se acreditamos nela ou não. Nada a mudará. Em geral, comportamo-nos do mesmo
modo. Nossas ações refletem o que absolutamente acreditamos, como se nossas
crenças fossem fixas e imutáveis.
Crenças são oriundas da nossa educação, da cultura, do ambiente em que
vivemos, do exemplo de pessoas que são importantes para nós, das experiências e
traumas do passado e de experiências repetidas. É bom lembrar que as crenças
criam resultados que podem ser excelentes e estimulantes ou desastrosos e
danosos.
Algumas crenças limitam nossa visão. Lembram-se da parábola de Platão sobre
“a alegoria da caverna”? Ele conta que havia um grupo de pessoas que habitavam
uma caverna subterrânea acorrentadas pelo pescoço e pelos pés e que viviam de
costas para a entrada da caverna, de modo que, tudo que viam na parede dentro da
caverna, era a sombra projetada do que acontecia no mundo exterior à caverna. Um
dia, um daqueles habitantes consegue se libertar daquela prisão, sai da caverna
para o mundo exterior e conhece “uma outra realidade” e logo volta para contar
aos outros que o que eles vêem não passa de sombras trêmulas e são limitações da
realidade. Ninguém consegue acreditar nele e argumentam que, o que vêem, é tudo
o que existe. Acham que ele ficou louco e acabam matando-o.
Pessoas matam e morrem por suas crenças. A vida de “pessoas especiais” se
edifica sobre suas crenças. Crenças negativas não se baseiam na experiência e
sim naquilo que “adotamos como nossas verdades”. Elas funcionam como permissão
ou obstáculo. Sejam quais forem as circunstâncias, o sucesso ou o fracasso das
pessoas se mede por suas convicções e crenças. O que obtemos na vida depende
exclusivamente de nossas “estratégias mentais”. Existem estratégias mentais
positivas que nos trazem felicidade, sucesso e abundância e as estratégias
mentais negativas que nos causam infelicidade, escassez, doenças e morte.
Mas as crenças podem mudar, podemos escolher novas crenças, deixando de lado
as que nos limitam. Crenças positivas funcionam como autorização para explorar
um mundo novo e cheio de possibilidades. Precisamos decidir que crenças valem a
pena manter para o nosso crescimento, felicidade, saúde física e emocional.
Portanto, agora, a única pergunta que você pode fazer a si mesmo é: o que eu
desejo para a minha vida? Em seguida mudar suas “estratégias mentais” para obter
aquilo que deseja. O subconsciente é a parte da mente que abriga suas convicções
e crenças e decide tudo o que você obtém. Entende, agora, porquê você pensa do
jeito que pensa? Então agora você percebe a importância da reprogramação de
algumas de suas convicções e crenças? Para que a “nova programação” se instale
em nosso subconsciente, precisamos conhecer a estrutura de funcionamento do
nosso cérebro para só então, aprendermos a destravar nossos “poderes especiais”,
livrando-nos dos nossos cadeados mentais. |
Extraído de http://www.universodamente.com.br/ler_artigos.php?id_ler=3 |
03 abril 2013
CRENÇAS
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